Inteligência Artificial cria retratos inexistentes
Essa é boa! Imaginem que a NVIDIA criou um sistema de Inteligência Artificial que produz retratos perfeitos de gente que nunca existiu.
Não entendeu? Bem, eu também não tinha entendido nada até ver o vídeo que faz parte da pesquisa e confesso que fiquei assustado.
A história é a seguinte: a NVIDIA Corporation, conhecida pelas placas de vídeo e coisas do gênero, publicou uma pesquisa onde seus pesquisadores descrevem um método de se construir o estilo de imagens de rostos realistas à partir de uma “Generative adversarial network” (GAN).
Em bom português esse título significa “rede geradora adversária” e nada mais é do que um tipo de algoritmo voltado para o uso de sistemas de inteligência artificial que trabalham sem surpervisão humana. Simples né?
Usando a Inteligência Artificial
Por quê essas redes são “adversárias” eu não entendi, mas no projeto da NVIDIA o tal do GAS utiliza o que os pesquisadores chamam de “estilos” de rostos para compôr novas faces. Dessa maneira são produzidas misturas com recursos existentes na população humana, mas que parecem pessoas totalmente novas e inexistentes.
Enfim, os rostos são realistas e enganam bem, mas não são fotos reais de ninguém em particular.
Segundo o site Petapixel é impressionante ver como esse sistema evoluiu em tão pouco tempo, dado que a ideia da NVIDIA de criar uma “rede geradora adversária” para criar retratos existe há apenas a 4 anos.
E tem mais: o sistema pode criar também outros tipos de foto como as de arquitetura ou de animais.
Ainda segundo o Petapixel.com, “Esta tecnologia parece ter o potencial de perturbar o mundo da fotografia.” Será? Os recursos de Inteligência Artificial já estão sendo incorporados nos equipamentos de vários fabricantes fotográficos, mas o caso da NVDIA é diferente.
O futuro?
O que podemos pensar é que no futuro, da mesma forma como atualmente se produz uma imagem de um projeto arquitetônico através de computação gráfica, poderemos criar imagens absolutamente realistas e fotográficas de coisas que não existem.
Isso pode ser um perigo do ponto de vista legal, como por exemplo no caso de você basear uma compra na Internet em uma foto de um produto que parece real, mas que não existe na realidade.
Ou então pode acabar com o mercado de fotografia de moda, dando recursos para que um Diretor de Arte possa ele mesmo programar os aspectos necessários para um modelo e “sintetizar” uma fotografia para seu cliente. Eu não me espantaria…
De qualquer maneira não deixe de dar uma olhada no vídeo que um dos pesquisadores da NVDIA publicou em seu canal. O vídeo é uma espécie de “powerpoint” com legendas em inglês explicando a teoria por trás do processo. Com calma e interesse você vai entender melhor que eu como a coisa funciona.
Do meu ponto de vista agora só nos resta rezar, hehehe.
