CâmerasExclusivo

Experimentando as câmeras da Canon na Japan House

No Brasil é muito difícil, se não impossível, ter algum tipo de experiência com uma câmera fotográfica antes de tê-la comprado. É, não estou falando daquela experiência pela qual passei onde um “brimo” dono de uma loja de câmeras no centro de São Paulo me arrastou no meio da Av. Ipiranga com a São João para testar o zoom de uma Nikon P900, que foi a coisa mais louca pela qual já passei, hehehe.

Na realidade estou falando de empresas fabricantes de equipamentos fotográficos fazendo ações que permitam que o público não especializado sinta um pouco o que é manipular e fotografar com uma câmera digital do tipo DSLR.

Balcão de inscrição do evento

Pois bem, é isso que a Canon anda fazendo com seus eventos Rota Canon X. Apesar de ocorrerem já há um certo tempo eu nunca me interessei muito pelo assunto. Como meus leitores sabem é meio difícil me tirar de casa, e eu sempre pensava que esse tipo de evento atrairia multidões. Ficava preocupado até se deveria levar álcool para limpar as mãos depois de pegar em câmeras que milhares de pessoas manipulavam, hehehe. Coisa de gente doida, né?

Bem, o último sábado foi um dia ensolarado e cheio de expectativas políticas e judiciais no ar, e procurando por distração descobri que a Canon promoveria à partir das 11h00s um evento Rota Canon X no Centro Cultural Japan House, localizado na Avenida Paulista.



A Canon Brasil havia promovido o mesmo evento por lá no final do ano passado e como eu sabia que os banheiros desse Centro Cultural são impecáveis, desde que você saiba usar o assento computadorizado da privada, resolvi que estaria seguro ali!

Convidei Manolo Vilches, para quem uma câmera fotográfica é apenas motivo de uma pose e de um sorriso e que adora andar pela cidade, para me acompanhar. Eu deveria estar muito bem do ponto de vista psicológico e espiritual pois fomos até mesmo de metrô!

Mini estúdios no evento Rota Canon X

Chegando lá encontramos no primeiro andar da Japan House uma recepcionista muito simpática que nos explicou o evento rapidamente. Ela nos deu uma prancheta com uma ficha de inscrição cujos termos confesso que não li, dada minha dificuldade visual de perto e o fluxo da fila de inscrição. Será que vendi minha alma? Bom, ela não é minha mesmo, hehehe.

Preenchemos o formulário e assinamos a ficha, sendo encaminhados para um balcão com outros atendentes onde nossas identidades foram conferidas.

Deixamos nossas identidades como “garantia”, digamos assim, e esperamos ao lado pelos monitores. Logo depois dois rapazes se aproximaram de nosso pequeno grupo, que contava com seis pessoas, e se apresentaram. Confesso agora que não lembro seus nomes, pois não sou exatamente jornalista, mas eles nos perguntaram educadamente sobre o que conhecíamos de câmeras e fotografia.



Percebi que no grupo só eu e Manolo não éramos orientais, e que mesmo assim apenas uma senhora participante tinha conhecimento de câmeras do tipo Reflex Digital, apesar de serem da Nikon. Eu, é claro, até falei alguma coisa sobre minha experiência, mas bem discretamente pois com sabem “eu não sou nada nem ninguém”!

Fomos introduzidos então às câmeras. Eu peguei uma Canon T6i, de 24 megapixels, enquanto o Manolo ficava com uma T6 de 18 Megapixels. Elas vinham equipadas inicialmente com a lente do kit, a famosa 18-55mm.

Canon Rebel T6 fabricada no Brasil

Os monitores nos informaram o necessário para a experiência que teríamos:

  • Como é o funcionamento do botão PASM, aquela “roda” de funções no topo da cãmera;
  • Como colocar o botão no “Modo Automático sem Flash”, pois não se pode fotografar as exposições do Japan House com Flash;
  • Como usar o Zoom da lente do Kit, aproximando ou afastando a cena a ser fotografada;
  • Acionar o botão de disparo, percebendo como ele focaliza a cena automaticamente ao ser apertado apenas com meia força.

 

Canon EOS Rebel T6i, com seu LCD traseiro dobrado para frente

Depois disso fomos levados para uma exposição no térreo, uma instalação do artista Oscar Oiwa, constituída de desenhos em 360º de uma paisagem projetada dentro de um balão inflável em material vinílico. Como “bons japoneses”, tiramos os sapatos para entrar na instalação. Nem sei como entrei na obra de arte pois tínhamos que passar por uma brecha apertada no corpo do balão. Me senti num parto, hehehe!

Ficamos pouco tempo lá dentro fotografando o que era possível, mas confesso que o fundo branco infinito coberto de desenhos em tinta preta não era algo muito “fotografável” para amadores.



Fomos então diretamente ao segundo andar, onde visitamos a exposição Prototyping in Tokyo, do designer Japonês Shunji Yamanaka, constituída por protótipos de objetos, máquinas em movimento e até mesmo robôs feitos em impressoras 3D.

Visitantes da Canon na Exposição Prototyping in Tokyo, do designer Japonês Shunji Yamanaka

Antes de entrarmos na exposição aprendemos como trocar as objetivas do kit (zoom 18-55mm) por outras. Estavam disponíveis lentes de 24mm, 50mm, Zoom 10-18mm e Zoom 55-200mm. Eu resolvi testar a Lente Canon Ef-s 24mm F/2.8 Stm, que é do tipo “pancake” (achatada) e o Manolo ficou com a Canon EF 50mm f/1.8 STM.

O momento de desencaixar e encaixar as lentes foi bem engraçado e eu torci para que nenhum dos participantes deixasse uma objetiva cair no  chão…

Entramos na exposição e eu confesso que fiquei me perguntando como fazer para fotografar aqueles protótipos, quase todos em cor bege clara sobre o fundo branco do ambiente. Acho que era tudo japonês demais, mas acho que até consegui algumas imagens interessantes.

Passeamos rapidamente pela exposição e logo em seguida fomos levados aos balcões da Canon, para devolver os equipamentos. Antes disso, e de maneira meio confusa, pudemos rapidamente fotografar alguns objetos colocados em “mini estudios” iluminados, para testar a capacidade de macrofotografia das câmeras.

Grupo da Canon durante o evento

Ao devolver o equipamento e o colete vermelho que nos distinguia dos outros visitantes da Japan House, podíamos escolher uma de nossas fotos para imprimir e outra para receber por Whatsapp. A impressão 10x15cm era feita ali mesmo, em uma pequena impressora Canon Selphy, de transferência térmica.

Já a imagem recebida por Whatsapp, caso fosse compartilhada nas redes sociais com o hashtag “#rotacanonx”, permitiria que recebêssemos de brinde uma caneta, uma pequena “necessaire” ou um boné.

Ah, e tudo em vermelho como as cores oficiais do logotipo da Canon, o que nos dias de hoje é um perigo, diga-se de passagem, hehehe.

A experiência deve ter durado cerca de meia hora, talvez menos, e fomos embora passeando pela Paulista…

Quanto as câmeras, são o que se espera da Canon. São robustas, rápidas e precisas, como todas as outras da linha Rebel Digital. Os dois modelos utilizados tem como diferencial em relação aos modelos anteriores a comunicação por WiFi e, no caso da T6i, um sensor mais moderno de 24 Megapixels, atual padrão de resolução do mercado.



Para quem não conhece nada de fotografia fica a sensação de que são equipamentos profissionais, coisa que é verdade num país onde temos custos tão altos e pouco acesso a equipamentos projetados para o fotógrafo avançado. Eu sei de muita gente fora dos grandes centros que trabalha com essas câmeras profissionalmente, sem problemas.

Bem, é claro que eu tenho as minhas críticas ao evento. Em primeiro lugar é muito chato não poder ficar com as imagens que você fotografou ou mesmo levar seu próprio cartão de memória para usar.

Não pude nem mesmo ter a certeza de que minhas fotos foram apagadas, pois ao serem descarregadas percebi que existiam no mesmo cartão imagens de uma festa em família, tiradas em outra ocasião. Pois é, então de quem era aquele cartão de memória?

Como a imagem que escolhemos só pode ser enviada por Whastapp ficamos apenas com uma foto de tamanho reduzidíssimo, um arquivo em JPG de cerca de 100kb. Por mais que a experiência seja voltada para leigos, será que uma imagem de tamanho maior não poderia ser enviada por email? Existe algum impedimento jurídico?

Bom, mesmo assim a experiência valeu. Manolo, como bom leigo, gostou muito da diversão e acho até que se interessou pela câmera. Eu confesso que também me diverti, e nem fiquei muito preocupado se a alça da câmera que coloquei em meu pescoço já havia sido muito usada ou não, hehehe. Aliás as câmeras estavam limpas e com aspecto de novo, é bom deixar claro.

Acho que depois dessa experiência vou participar mais desse tipo de evento, quando acontecer. É pena que atualmente só a Canon invista em marketing no Brasil… As outras empresas simplesmente desapareceram de nosso mapa.

Ps. Confirmei olhando na etiqueta da base das câmeras que a Canon T6 e a T6i estão sendo fabricadas na Zona Franca de Manaus. Uma notícia boa…

2 thoughts on “Experimentando as câmeras da Canon na Japan House

Fechado para comentários.