Fotografando com Placa de Colódio em pleno séc. XXI
O mundo vintage é uma caixinha de surpresas e não poderia ser diferente com um dos processos fotográficos mais antigos da história, o colódio úmido.
O termo se refere ao uso de placas de vidro cobertas por um líquido viscoso de nitrocelulose previamente sensibilizado com sais de prata. O método foi desenvolvido em 1851 quase que simultaneamente pelo inglês Frederick Scott Archer e pelo francês Gustave Le Gray.
Todo o processo tem que ocorrer em menos de 15 minutos então é necessário usar uma câmera escura portátil no caso da fotografia se dar fora de um estúdio. Do ponto de vista prático o Processo Fotográfico de Colódio úmido é uma verdadeira “corrida maluca”.
É por isso que um vídeo do canal do Jornal Guardian Australia me chamou a atenção. Nele o fotógrafo Adrian Cook mostra como utiliza o processo em pleno século XXI.
O vídeo é muito bom, bem filmado e fácil de entender. Digamos que em apenas 7:00 minutos você fica inspirado a agradecer a Deus pela existência do seu smartphone, hehehe.
Adorei a cena da câmera de fole deixada sozinha num parque sob os olhos de uma velhinha lendo um livro, enquanto o fotógrafo corria com o jornalista e o “cameraman” para revelar a placa de vidro num pequeno trailer estacionado nas redondezas. Imaginem só fotografar desse jeito no Vale do Anhangabaú?
Se você tem saudade daquilo que não viveu, pelo menos nessa encarnação, dê uma olhada nesse vídeo e divirta-se. Eu tô fora…
Obs.: a tradução automática do Youtube parece não compreender bem o inglês falado na Austrália fazendo as legendas ficarem meio absurdas, mas dá para entender todo o processo só com as imagens do vídeo.