Dica rápida: subexposição com fotos em RAW
A subexposição é o termo que se usa em fotografia quando regulamos a câmera para fotografar com menos luz do que seria necessário para conseguir uma imagem normal, digamos assim.
Quando fazemos a subexposição de alguma cena, o resultado via de regra é uma foto mais escurecida.
Se você está se perguntando por que alguém em sã consciência faria isso é porquê não é um fotógrafo “das antigas” ou não fotografa em RAW (o chamado negativo digital…).
Em um recente artigo do fotógrafo Wasim Ahmad publicado no site Petapixel, chega-se ao cúmulo (hehehe) de dizer que com o atual desenvolvimento dos sensores digitais é uma boa ideia fotografar com subexposição o tempo todo. Será?
Fotografando em RAW
Em primeiro lugar, é preciso fotografar sempre gravando arquivos em RAW, e não em JPG.
Arquivos RAW, de maneira diferente de um arquivo JPG, registram todo o tipo de informação de luz que chega na câmera. Realmente, dependendo do sensor, é possível recuperar rapidamente essas informações de uma foto escurecida. É como se ela tivesse sido captada em toda a sua glória.
As vezes basta abri-la no módulo Câmera RAW da Adobe, por exemplo, e clicar no ajuste automático. Depois você regula o controle de ruído e “voilá!”, está feito o milagre.
E nem é precisa ser uma câmera com sensor Full Frame… Já tive experiências impressionantes com o sensor X-Trans da Fujifilm e mesmo com os APS-C de 24 Megapixels da Nikon.
Mas voltando ao assunto, quais são os argumento de Ahmad antes de dar mais alguma opinião.
Vantagens da subexposição
Segundo Ahmad as vantagens principais de se fotografar sempre sub expondo as fotos são duas.
Obter uma velocidade de obturador mais rápida: os fotógrafos esportivos usam muito essa dica. A subexposição permite uma ou duas paradas (stops) de aumento na velocidade do obturador. Isso pode permitir que uma velocidade de 1/250 segundo mude para 1/500 segundo, fazendo a diferença entre obter um borrão ou uma foto nítida.
Evitar Altas Luzes (highlights): Segundo o fotógrafo, até mesmo uma diferença de um a dois terços de parada (stops) pode evitar que um céu se apague num “estouro de branco” ou que uma camisa branca se misture em um fundo neutro.
Como exemplo o fotógrafo mostra uma mesma foto obtida em um jogo de futebol. Na realidade achei a versão sub exposta apenas um pouco mais escura do que o normal. Muitas vezes tenho recuperado imagens completamente escuras. Mas no caso de seu exemplo achei que foi o suficiente para produzir uma imagem aceitável, até mesmo comercialmente.
Bem, se você gostou da dica o importante é fazer exercícios de subexposição com arquivos RAW. Quem sabe seus problemas com fotos tremidas acabam?