Xiaomi quer parceria com fabricantes de câmeras?

Uma notícia parece indicar que a chinesa Xiaomi quer fazer parcerias com fabricantes tradicionais de câmeras fotográficas. O intuito seria melhorar a qualidade das câmeras de seus smartphones?

Bem, uma enquete colocada pela Xiomi na rede social chinesa Weibo veiculou o rumor. A pergunta era se a empresa deveria fazer uma parceria com a Nikon, a Canon ou a Hasselblad. Existia uma opção também para quem acha que não é necessária nenhuma parceria.

O resultado foi o seguinte: em primeiro lugar, com 1930 votos, ficou a Hasselblad; a Canon ficou em segundo com 1059; a opção de não fazer parceria ficou em terceiro com exatos (?) mil votos; e a Nikon ficou em último com apenas 269 votos.

Para onde a Xiaomi vai…

É claro que essa pesquisa não pode ser usada como parâmetro para uma decisão desse tipo, mas é interessante que a Hasselblad tenha ganho a parada.

Desde 2017 a chinesa DJI, famosa fabricante de Drones, é a maior acionista (na prática, a dona) da tradicional fabricante sueca de câmeras Hasselblad.

Além disso a Hasselblad já havia trabalhado com a Motorola, sem muito sucesso, no desenvolvimento de câmeras fotográficas para smartphones.

Dessa maneira fica fácil para o público Chinês achar que a Hasselblad é a empresa mais indicada para fazer uma parceria com a Xiaomi. Fica tudo em casa!

Este tipo de parceria também não é novidade, já que a concorrente Huawei trabalha com a fabricante alemã Leica há alguns anos de maneira bem eficiente. E a fabricante de lentes Zeiss trabalhou há mais de 15 anos com a Nokia, como no caso do saudoso N95.

Outros rumos

E quanto ao grande número de votos pela “não parceria” é preciso lembrar que as atuais câmeras dos smartphones da Xiaomi já são muito boas. Apresentam inclusive a maior resolução do mercado, caso do Mi Note 10 Pro com seus 108 Megapixels. Será que a empresa precisa de uma grande marca tradicional do mercado fotográfico para dar legitimidade maior a seus produtos?

De qualquer maneira a Xiaomi continua trabalhando em novas tecnologias fotográficas, como as câmeras frontais que ficam sob a tela do smartphone.

Este design possibilitaria que a tela do smartphone fosse mais resistente e barata pois não teria “furos” para acomodar a lente da câmera do smartphone. O maior desafio para este design é possibilitar a entrada de luz suficiente para fotografar através do material do display, ainda mais em situações de baixa luminosidade.

Quanto as empresas tradicionais como a Canon e a Nikon, o fato delas não terem entrado no mercado de smartphones quando o mercado de câmeras fotográficas compactas acabou pode ter sido um tiro no pé. Agora essas marcas se tornaram reféns de um mercado muito restrito, o de profissionais e amadores avançados.

Bem, vejamos nos próximos meses o que vai acontecer com a Xiaomi e suas parcerias fotográficas.