Scanners nos aeroportos podem estragar filmes analógicos

A Kodak Alaris acaba de anunciar que os novos modelos de scanners de aeroportos podem estragar filmes analógicos tradicionais.

A empresa testou o efeito dos chamados CT Scanners (scanners tomográficos computadorizados) em seus próprios filmes. Esses equipamentos tem sido usados para verificar a bagagem de mão nos aeroportos Americanos. O resultado assustou a Kodak.

A empresa publicou o seguinte em sua página do Facebook: “Para avaliar melhor o risco aos filmes com os novos scanners, levamos uma pequena quantidade de (filme) Kodak Portra 400/135 ao aeroporto John F Kennedy, em Nova York. Com a ajuda dos representantes da TSA (Transport Security Administration), o filme foi submetido ao novo scanner de tomografia computadorizada por 10 vezes. O filme foi então avaliado nas instalações da Eastman Kodak Research. Os resultados iniciais não são bons. Com uma única passagem o filme já apresentou um embaçamento significativo, criando áreas escuras esfumaçadas e perda de detalhes das sombras. Isso (provavelmente) será mais significativo para filmes de alta velocidade (ISO maior). Embora seja possível que um rolo de filme de ISO 100 mostre menos degradação, é altamente recomendável não colocar qualquer filme não exposto, ou mesmo exposto mas não processado, através de um scanner de tomografia computadorizada”.

O que fazer?

Bem, então já sabemos que carregar filmes analógicos ainda não expostos ou revelados em suas viagens de avião pode ser um perigo. E aí?

A Transport Security Administration também se pronunciou, dizendo que segundo a norma os scanners não deveriam alterar filmes abaixo de ISO 800. Disse que o tipo de CT Scanner estudado pela Kodak existe em poucos aeroportos Americanos, mas mesmo assim indicou que os viajantes devem embalar qualquer material fotográfico sensível (filmes ou papéis) em um saco plástico transparente, e mante-lo fora da bagagem de mão para solicitar uma inspeção manual no posto de controle do aeroporto.

A Kodak disse que está desenvolvendo um tipo de “sticker” autocolante para que você mesmo identifique seus filmes como não processados. E também diz que é possível que o mesmo efeito ocorra em malas despachadas pelo check-in. A recomendação é a de sempre levar filmes não processados na bagagem de mão.

Pois é, o mundo analógico, dia a dia, fica mais restrito. Cuidado para não estragar filmes analógicos ao viajar, hein…