CNPQ abre inscrições para prêmio fotográfico

O CNPQ está com as inscrições abertas para o seu VIII prêmio fotográfico Ciência & Arte. A premiação tem como objetivos, segundo seu regulamento, fomentar a produção de imagens com a temática de Ciência, Tecnologia e Inovação, contribuir com a divulgação e a popularização da ciência e tecnologia e ampliar o banco de imagens do CNPq.

O prêmio fotográfico é destinado a estudantes de graduação e pós-graduação, docentes e pesquisadores brasileiros ou estrangeiros desde que tenham visto de permanência no país.

A premiação tem duas categorias distintas:

• Imagens produzidas por câmeras fotográficas retratando ambientes naturais e humanos;
• Imagens produzidas por instrumentos especiais, como microscópios, telescópios, tomógrafos e instrumentos médicos.

 

Os ganhadores receberão a seguintes importâncias em dinheiro:

• 1º lugar – R$ 8.000,00 (oito mil reais)
• 2º lugar – R$ 5.000,00 (cinco mil reais)
• 3º lugar – R$ 2.000,00 (dois mil reais)

Além disso os ganhadores de cada categoria receberão passagem aérea e hospedagem para receber a premiação na 71ª Reunião Anual da SBPC, que ocorrerá em julho de 2019 na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, na cidade de Campo Grande.

As inscrições podem ser feitas até o dia 18 de janeiro de 2019 através do endereço www.premiofotografia.cnpq.br.

Algumas questões sobre o prêmio fotográfico

No site do prêmio fotográfico também podem ser vistas as imagens dos ganhadores anteriores, o que dá uma melhor noção do tipo de imagem que o CNPQ está buscando. Outro dado importante é que “Serão aceitas imagens com retoques artísticos (tratamento, edição ou manipulação) somente na categoria 2”, ou seja, na categoria de fotografia com instrumentos especiais.

Isso me chamou particularmente a atenção, pois na edição dessa semana da revista inglesa “Amateur Photographer”, a mais antiga em circulação no mundo, um leitor pergunta se não seria injusto imagens “Photoshopadas” participarem de concursos fotográficos.

A resposta do editor Nigel Atherton é a de que, fora do campo do jornalismo ou da fotografia documental, o uso de softwares de edição não pode ser considerado “não ético”. Segundo ele a fotografia sempre foi uma técnica de dois estágios. Desde os tempos do filme analógico existiram a captação da imagem e o tratamento na revelação e ampliação. Ainda segundo Atherton, pode ser que haja mesmo um campo para a fotografia “tirada direto da câmera”, mas mesmo assim seria preciso levar em conta que algumas câmeras produzem JPGs de muito melhor qualidade que outras, caso das câmeras da série X da Fujifilm.

E eu tenho que concordar com isso, pois só haveria sentido então comparar imagens obtidas com câmeras da mesma categoria, fabricante, ou até mesmo modelo e versão do Firmware. Mas devemos lembrar que esse é um prêmio voltado para imagens de pesquisa e não exatamente artísticas (seja lá o que isso signifique…).

Outra questão que me chamou a atenção no prêmio fotográfico é que as imagens ganhadoras deverão obrigatoriamente ceder “direitos de uso pleno da imagem” ao CNPQ. Bem, sinceramente não sei o que isso significa no caso de imagens obtidas dentro de uma pesquisa científica, já que para todos os efeitos a cessão dos direitos pode inviabilizar a divulgação dessa mesma pesquisa.

Bem, de qualquer maneira se você é estudante, professor ou pesquisador em alguma área que utilize a fotografia para construir uma investigação científica visite o site do VIII Prêmio de Fotografia Ciência & Arte. Quem sabe você não ganha?