Como presentear fotógrafos gastando pouco
Quando vão chegando as festas de final de ano, aniversários ou uma data comemorativa qualquer a escolha de presentes é sempre um problema. Quando o presenteado é alguém que gosta de fotografia e não podemos gastar muito o problema fica maior ainda. Como comprar um presente que não custe milhares de dólares?
Resolvi fazer uma pequena lista de “desejos fotográficos” relativamente simples, voltada para leigos que tem na família ou entre amigos algum fanático por fotografia. É um jeito de você não ter que enfrentar aquela cara de tédio, decepção ou até mesmo raiva de quem se sentiu insultado por uma lembrancinha dada com todo carinho, hehehe.
Vamos lá:
Mini Tripé:
Ninguém nunca pensa nisso, mas um mini tripé pode ser usado para outras coisas além de estabilizar uma câmera para um foto sem aquela “tremidinha” básica.
Mini tripés são ótimos para posicionar câmeras em coleções ou em decorações de ambientes. Os tripés de cor escura servem para deixar aquela impressão de que a câmera está flutuando na prateleira da sala, enquanto aqueles com acabamento anodizado servem para combinar com aquela câmera antiga com detalhes em prata que era do seu avô.
Lembre-se de verificar se o tripé é firme e fixa bem uma câmera mais pesada. Mini tripés de material plástico são mais frágeis mas as vezes podem ter uma boa estrutura. Você pode encontrá-los a venda na internet, feirinhas de produtos populares, lojas de produtos fotográficos e até mesmo em camelôs.
Já achei mini tripés ótimos e muito baratos em uma daquelas redes de lojas de produtos japoneses que andam pipocando por São Paulo. Podem custar entre R$10,00 e R$100,00 dependendo do tipo e lugar de venda. Existem nas versões fixa e flexível (normalmente mais cara e feia).
Alça de mão:
Outro item fotográfico que ninguém lembra mas que é muito apreciado por quem ganha. Este tipo de alça (Hand Grip) serve para que fixemos uma câmera firmemente na mesma mão que usamos para disparar a câmera.
É uma forma de não precisarmos ficar lidando com as tradicionais alças de pescoço, que por serem longas sempre causam alguma confusão, digamos assim. Para pessoas que tem problemas lombares e ficam com as costas doloridas ao carregar uma câmera no pescoço, uma alça de mão pode ser a solução.
O modelo de alça mais caro e mais difícil de achar no Brasil é o que fica fixado tanto na lateral da câmera, em um dos ganchos para alça tradicional, e no encaixe para tripés, através de uma rosca metálica. Esse modelo é bem seguro e dá mais firmeza ao fotógrafo.
O outro modelo é mais simples e fica fixado apenas no gancho lateral. Nesse caso tenha certeza que a alça está firmemente afixada e que a câmera não seja muito pesada. Essas alças custam entre R$15,00 e R$90,00 no mercado brasileiro. Lembre-se também que não é um bom presente para fotógrafos com problemas no pulso!
Filtros UV ou de proteção:
Todo mundo que tem uma lente intercambiável, por mais baratinha que seja, fica preocupado em não riscar ou sujar o “vidro” frontal, peça mais exposta do equipamento. É por isso que existem os tais filtros protetores que também filtram os raios Ultra Violeta, um tipo de luz que da um ar meio azulado às fotografias.
Existem filtros de vários preços e várias marcas mas o problemas é que muitos, geralmente os mais baratos, são falsificados e acabam criando distorções na imagem, reduzindo a qualidade das fotografias.
É por isso que recomendo sempre a utilização de filtros de marcas estabelecidas que, mesmo assim, correm o risco de serem falsificadas. Para evitar isso leve sempre em conta a embalagem em que o filtro vem, o preço e o estabelecimento em que ele está sendo vendido, além de alguns detalhes na impressão dos dados do filtro em suas laterais. Normalmente quanto mais sofisticada essa impressão menos risco do filtro ser falsificado. De resto é pura sorte…
Filtros protetores podem ser achados no mercado brasileiro com preços entre R$30,00 e $500,00, dependendo da qualidade, marca e tipo de comércio. E lembre-se também que existem filtros nos mais variados diâmetros, portanto informe-se sobre o diâmetro das lentes do seu “ente querido” antes de comprar o presente.
Bolsas para equipamento:
Todo fotógrafo fica preocupado em proteger seu equipamento quando sai pelo mundo em busca de imagens. Para isso existem bolsas e estojos dos mais variados tipos no mercado fotográfico.
O preços também podem chegar a ser bem salgados, mas você pode procurar por alguma bolsa ou mochila genérica e adaptar protetores laterais espumados, que possam dar estabilidade e proteção a lentes, câmeras e acessórios. Dessa maneira você pode até mesmo fazer um presente barato e exclusivo que vai deixar seu fotógrafo encantado.
Lembre-se que hoje em dia, dada a paranóia reinante em nosso país, estão na moda bolsas e mochilas que não chamem muito a atenção, e que não deixem seu conteúdo ser facilmente identificável.
Já pensei até em adaptar uma dessas sacolas retornáveis de supermercado para levar meu equipamento em alguma andança fotográfica, então use o bom senso e o bom gosto. Você pode surpreender seu amigo fotográfico com sua criatividade!
Cartões de memória:
Esse é um presente fundamental mas que sempre é esquecido. Acho que nesse caso muita gente pensa que seria como dar de presente um filme convencional ao fotógrafo, mas a coisa não funciona bem assim.
Quantas vezes você se animou em fotografar algum evento ou situação e acabou lotando o cartão de memória? É sempre bom ter mais cartões à mão!
Alguns fotógrafos (e algumas câmeras) são mais exigentes em relação à qualidade e velocidade de gravação que o cartão possibilita, mas se o seu amigo fotógrafo for um amador, provavelmente não vai haver problema nenhum em você dar um cartão mais simples, desde que não seja falsificado.
Profissionais tendem a possuir câmeras mais sofisticadas e terem necessidades maiores em termos de qualidade e velocidade de gravação, então é bom se informar melhor sobre os tipos de memória nesse caso. Tenho aqui no blog um artigo que pode ajudar nessa escolha.
No mercado brasileiro você vai encontrar cartões de todos os tipos e capacidades, sendo que os mais baratos se situam na faixa dos R$30,00 (ou até menos) até a casa das centenas de Reais, no caso dos mais sofisticados.
E não esqueça que atualmente a maioria das câmeras usa o formato de memória SD (ou micro SD com adaptador), mas algumas câmeras mais antigas usam os formatos Compact Flash ou Memory Stick, então não custa dar uma investigada antes de comprar o presente.
Filmes analógicos:
Parece bobagem mas, de repente, se o seu amigo fotógrafo gosta de fotografia analógica, ou mesmo instantânea, dar um cartucho de filme 135 ou um pacotinho de filme Instax pode ser muito útil.
Não se esqueça de que para quem gosta de fotografar com filmes existe sempre a preocupação com custos. Comprar filmes o tempo todo apenas pelo prazer de fotografar pode comprometer qualquer orçamento, então é sempre bom ganhar um de presente.
A maior parte dos entusiastas por fotografia analógica são Hispster, moderninhos ou adolescentes com saudade do que não viveram, então não tenha medo de dar um cartucho de filme 135 ISO 400 de uma marca convencional como Fujifilm, ou até mesmo um ISO 100 ou 200 (tô velho, pensei em ASA) da Kodak.
No caso dos filmes Instax para câmeras da Fujifilm, você pode variar comprando um pacote com papéis de borda colorida ou em Preto e Branco.
Se o seu fotógrafo preferido for um profissional ou entusiasta a coisa pode ficar difícil. Eu aconselho procurar por algum filme Ilford, que é muito bom além de ser chique, mesmo que você não saiba a diferença entre as variações disponíveis. Garanto que nesse caso tudo vai ser festa. E se você também conhecer do assunto, que tal presentear seu amigo com algum desses novos produtos feitos com filme vencido que estão pipocando na Europa e Estados Unidos? Uma boa parte já pode ser achada no Brasil através de sites de leilão e vendas.
Procurando pelo presente
Hoje em dia ninguém sai à procura de um presente sem pesquisar na Internet. Lembre-se de conferir os preços, saber onde o produto procurado é encontrado e até mesmo ligar antes para saber da disponibilidade.
Outro dia achei uma lente em oferta através do site de uma loja no centro de São Paulo e resolvi ligar antes de sair para comprar o produto. Foi a sorte, pois se o vendedor não tivesse reservado o produto para mim ele teria sido vendido nos 60 minutos que levei para chegar lá. Até cruzei na loja com um desses consumidores interessados no mesmo produto que, diga-se de passagem, me fulminou com os olhos.
Pensei em rogar uma praga nele, mas rezei um Pai Nosso e fui em frente feliz da vida com minha lente, hehehe.
E não custa reforçar: um presente não precisa custar caro, ele precisa fazer “sentido” para o presenteado, só isso! Boa sorte…