iPhone X: as novidades da câmera do novo smartphone da Apple
Dentre os novos lançamentos da Apple o iPhone X (Dez) se destaca por ser a aposta da empresa em um novo design.
Como o preço de venda do iPhone X no mercado vai ser bem mais alto do que o dos modelos anteriores da Apple (cerca de $1000,00 dólares!) todo mundo está interessado em saber se o novo equipamento “Vale quanto pesa”!
Sites como Dpreview, Petapixel e alguns canais do Youtube já estão discutindo se vale a pena, para quem tem o iPhone 7 e 7 Plus, fazer o upgrade para a nova linha de iPhones.
Foi por isso que resolvi fazer um resumo das novidades em termos de câmera que o novo lançamento apresenta, além de fazer alguns comentários.
Câmera dupla com estabilização em ambas as lentes:
O iPhone X foi lançado com uma lente de telefoto um pouco melhor que a do modelo 8 Plus, também lançado agora. A lente grande angular tem abertura de F1.8 e a telefoto tem abertura máxima de F2.4.
No modelo X ambas as câmeras traseiras possuem estabilização de imagem óptica. Só para lembrar, o modelo 7 Plus anterior só tem estabilização óptica na lente grande angular.
Se você gosta de fotografar à noite ou em condições de baixa iluminação o desempenho do iPhone X deve agradar. Caso contrário o usuário não deve sentir muita diferença. Vou prestar muita atenção sobre isso nas futuras análise do aparelho.
Efeito de simulação de iluminação profissional:
O modo Retrato do iPhone, inaugurado no iPhone 7 Plus, agora vem acompanhado da função “Lighting”. Ainda em versão Beta (ou seja, em testes) a função permite que os usuários apliquem diferentes estilos de iluminação em cima de fotografia de retratos.
No iPhone X a função está disponível tanto nas câmeras frontal quanto traseira. Já o modelo 8 Plus apresenta a função apenas na câmera dupla traseira.
O recurso é alimentado por Inteligência Artificial (seja lá o que isso queira dizer) e inclui efeitos que simulam luzes de estúdio profissional, luzes de contorno e iluminação de palco ou seja, você pode virar uma estrela, hehehe. O efeito é aplicado em tempo real, mas também pode ser aplicado depois, após a captura da imagem.
Muitos fotógrafos puristas não vão gostar desse efeito, principalmente numa época em que até algumas capas de revista já estão utilizando fotos capturadas em um iPhone, mas que a coisa é divertida, isso é.
Quem sabe em breve não apareça o mesmo efeito em câmeras de aparelhos com Android?
Sincronização lenta de flash:
Falando em iluminação, a nova linha de iPhones (todos eles) vem equipados com um flash do tipo “Quad-LED True Tone” e com uma nova opção interessante: modo de sincronização lenta.
Essa função permite que o flash seja disparado em velocidades de obturador mais baixas. Dessa maneira você pode obter uma imagem em primeiro plano adequadamente iluminada e ainda consegue capturar a baixa iluminação do ambiente no segundo plano de sua imagem.
Sabe aquele retrato de um grupo na balada, tirado com flash que deixa o fundo todo escuro? Pois é, o problema fica resolvido com o “Slow Sync Flash”. Isso sem contar as possibilidades de efeitos especiais que são possíveis fazer com essa função.
Olha aí, mais uma idéia para uma nova pauta…
Câmera e sensores frontais:
O iPhone X conta com várias câmeras e sensores na parte superior de sua placa frontal. Como o modelo não tem mais o famoso “Home button”, o botão frontal, o desbloqueio do smartphone é feito por reconhecimento facial através desses sensores.
É esse conjunto que propicia o efeito de desfoque para selfies obtidos com a câmera frontal.
Eu particularmente acho que os desenvolvedores de aplicativos já devem estar inventando novas utilizações para esse módulo fotográfico, que inclui uma câmera de 7 megapixels, um projetor de pontos, um microfone, um auto falante, um sensor de luz ambiente, um iluminador de preenchimento (flash), um sensor de proximidade e uma câmera infra vermelha.
Que loucura, é quase um “tricorder” da série Jornada nas Estrelas!
Gravação de vídeo:
Os novos iPhones, tanto quanto os iPhones da série 7, capturam vídeo em 4K a 60p . Isso por si só já seria excelente, mas agora os novos lançamentos também capturam vídeo em 1080p a estonteantes 240 fps em câmera lenta, o dobro do que a série 7/7 Plus é capaz.
Se você é um videomaker (adoro esse termo) ou cineasta móvel, esse pode ser um diferencial bem grande.
No entanto, nesse caso, um iPhone 8 tem as mesmas funções que o irmão mais caro. Se não houver grande diferença de qualidade de imagem devido a parte óptica dos aparelhos, coisa que só saberemos depois dos primeiros testes, pode não valer a pena investir na compra do iPhone X.
Realidade aumentada:
Não sei ainda como deveríamos traduzir para o português o termo “Augmented Reality”, mas por enquanto o que você deve saber é que essa é uma tecnologia que sobrepõe uma imagem gerada por computador dentro da visão que um usuário tem do mundo real, proporcionando assim uma imagem composta.
Imagine filmar um vídeo da sua avó com um brontosauro gerado por software se movimentando por trás, tudo isso produzido em tempo real!
Diz a Apple que os iPhones da série X e 8 usam um novo chip chamado de A11 Bionic, que tem um mecanismo neural (cruzes!) que ajuda a direcionar o processamento em tempo real para aplicativos de realidade aumentada.
Uma das demonstrações de aplicativos feitas durante a apresentação desse recurso mostra a câmera do iPhone X apontada para o céu noturno e um mapa de constelações que aparecem sobre a imagem graças ao aplicativo SkyGuide.
Pareceu funcionar muito bem, para fotógrafos astronômicos é uma mão na roda.
E aí…
Se você tem dinheiro sobrando ou é um “early adopter” viciado em novas tecnologias é claro que o iPhone X é uma tentação.
Quem sou eu para dizer que você deve esperar um pouco mais para comprar esse smartphone, no entanto eu ainda acho cedo e prefiro esperar para ver para ver se as novas funções vão ser bem exploradas pelos desenvolvedores de software.
Quem sabe eles não criam funcionalidades que nos “obriguem” a fazer o upgrade, sei lá…