5 áreas que fotógrafos profissionais devem focar

Fotógrafos profissionais sempre estão em busca de erros em sua forma de fazer negócios e de trabalhar.

Foi por isso que achei interessante um artigo escrito pelo fotógrafo comercial inglês Robert Baggs para o site Fstoppers.com.

Baggs trabalha há alguns anos na área de fotografia e talvez por causa de sua formação em Filosofia, na qual tem até Mestrado, tenha mais facilidade para entender os pontos em que mais errou quando começou a trabalhar comercialmente.

Eu particularmente acho que o “problema” é a sua formação em Filosofia, onde a ideia de que um negócio deva produzir lucro (ô palavra desalmada, hehehe) para ser viável é quase um tabu… Mas enfim, quem sou eu para dizer alguma coisa?

Voltando ao assunto, vamos ver os pontos que Robert Baggs levantou.

Fotografia “é” um negócio

Segundo ele, se você não tratar sua fotografia como um negócio ele não será um negócio. Desenvolva um cronograma de trabalho, seja pontual com a comunicação com os clientes, mantenha as contas cuidadosamente equilibradas e monitore despesas gerais e investimentos. Ele fala que nesse caso, Fotografia não é apenas arte nem prazer. Tem sentido, como em qualquer negócio.

Estude

Baggs fala aqui na realidade em ler livros sobre negócios. Ele diz em seu artigo que começou lendo cerca de 3 livros sobre negócios por ano, mas que agora lê 2 por mês. Ele diz que “A reação instintiva a esses tipos de livros é que eles vão ser chatos, mas se a leitura está cansativa é você que não está lendo os livros certos”.

Eu preciso lembrar que existem milhares de livros sobre negócios lançados todos os anos mesmo aqui no Brasil. No entanto vivemos num país com um péssimo ambiente de negócios e com 70% da população com analfabetismo funcional. Talvez seja por isso que as palestras de fotógrafos profissionais fazem tanto sucesso por aqui. Eu acho engraçado como as palestras nacionais são diferentes das que são feitas no exterior. Digamos que as falas no exterior, generalizando bastante, tem um nível de complexidade muito maior. O que me espanta é que as pessoas entendem.

Então vá estudar, e não me amole, hehehe.

Siga um Mentor

No Brasil é fácil entender a ideia de mentor espiritual, mas mentor de negócios é outra coisa. Na realidade talvez o termo em inglês “coach” seja melhor para definir alguém que vai servir de exemplo e orientador de negócios ao mesmo tempo.

Segundo Baggs, “Isso, na minha opinião, é o passo mais difícil de ser dado. Eu ansiosamente procurei pessoas de sucesso para aprender e aplicar sua sabedoria à minha carreira criativa, mas não foi fácil.”

Ele diz que em todas os livros que leu o autor fazia referência a algum mentor, mas que é difícil escolher alguém e “seduzi-lo” a ser seu guia.

Ele não diz se conseguiu um mentor para si, então acho que ainda está só, digamos assim.

Eu por minha vez tive professores e uma orientadora de pesquisa séria mas muito doida, hehehe, mas quanto aos negócios não recebi nenhuma dica, nem psicografada! Cruzes…

Marketing

Baggs é claro quanto a isso. Você tem que fazer seu marketing muito bem feito!

Segundo ele “Você precisa descobrir como você quer ser visto, por quem, e como se tornar um sinônimo do melhor na sua área”. Nossa achei isso o máximo, mesmo resistindo a ser o melhor da minha área, que aliás nem sei qual é, hehehe.

E ele diz mais: vá procurar um profissional. Tem gente que estuda anos para fazer exatamente isso. Os políticos sabem bem disso…

Networking

Essa palavra me apavora. Networking é um termo em inglês que na área de negócios significa algo como uma rede de conhecimentos profissionais.

A primeira coisa que Baggs fala sobre isso é que ele não suporta eventos de Networking. Não sabe o que é isso?

Segundo Baggs essas reuniões são eventos onde você tem que se “… arrastar para um encontro às 7 da manhã numa sala empoeirada de um hotel de 3 estrelas, tomar um café morno e engolir doces folheados amolecidos, enquanto homens e mulheres disfarçados de grandes líderes de negócios ficam circulando pelo lugar, distribuindo cartões de visita como se fossem folhetos de restaurantes de Fast Food.” (fiquei orgulhoso da precisão da minha tradução, obrigado!).

Bom, esse deve ser o lado Filósofo dele falando, mas eu mesmo já fui convidado para esse tipo de evento por aqui, e confesso que não fui porquê a qualidade do café é sempre melhor na Padaria aqui do lado, hehehe.

Baggs indica que o melhor começo é usar o Linkedln, ir a eventos da sua área e construir relacionamentos aos poucos, de maneira quase casual. Segundo ele é incrível como rapidamente é possível construir um Network assim.

Fotógrafos profissionais por aqui

Bom, uma coisa que preciso dizer é que a maioria dos conselhos para fotógrafos profissionais (e outras tribos) divulgados no país se referem a outras realidades que não a nossa.

Apesar de parecer que haverá alguma mudança no ambiente de negócios daqui para a frente, viver no Brasil não é fácil.

Dar certo em qualquer profissão é um misto de competência e sorte. E um detalhe: você pode ser muito competente, mas ainda assim azarado.

E aí? Vai ficar botando a culpa nos outros? Bem, vou te dar um conselho de graça, hehehe, assim você não pode me culpar se não der certo: trabalhe do jeito que sua personalidade permite.

Se você é tímido não force a barra para fazer Networking, procure um nicho da fotografia onde você não tem que tratar tanto com as pessoas, como a pós-produção. Se você é sociável e “serelepe” mas fotografa mal (porquê provavelmente não presta muita atenção no sujeito da fotografia) então fique com a produção, e gerencie tudo muito bem.

Agora, se você é como eu, retraído e lerdo, fique com a Fotografia de Paisagem, hehehe. Só não vá querer ganhar dinheiro com isso no Brasil…

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