Fotografando a Via Láctea sem usar tripé com a Olympus E-M1 Mark II
Que dizem que a câmera Olympus E-M1 Mark II tem um estabilizador de imagens fantástico eu sei mas isso também já é demais. O fotógrafo Aurel Manea fotografou a Via Láctea no parque Teide em Tenerife, nas Ilhas Canárias, com a câmera “topo de linha” da Olympus sem utilizar tripé ou qualquer outro tipo de acessório para fotografia celeste.
Segundo o site Petapixel, que publicou o trabalho do fotógrafo, quando a Olympus lançou a OM-D E-M1 Mark II, eles não pouparam palavras: ela teria 6,5 pontos de estabilização de imagem quando usados com uma lente da própria marca. Diziam também que haviam com isso atingido o limite teórico de estabilização em um câmera fotográfica devido ao problema da rotação da Terra. A empresa afirma que mesmo sem uma lente Olympus você consegue obter uma estabilização de ótimos 5,5 pontos. Ainda segundo o site isso é “Impressionante para dizer o mínimo”.
Preciso lembrar que os sistemas de estabilização de imagem são usados para eliminar o problema dos tremores nas fotografias obtidas com pouca luz. Existem sistemas instalados nas lentes e outros que incorporam o sistema no próprio corpo da câmera. O segundo caso foi o sistema escolhido pela Olympus para incorporar a estabilização de imagem em suas câmeras digitais.
Quanto as fotografias o próprio Aurel Manea conta como foi a experiência: “As fotos foram obtidas em torno de 3 horas da manhã. Eu dormi dentro do automóvel no próprio parque esperando pela aparição da lua para conseguir algumas fotos de qualidade. Além dos grandes ângulos que utilizaria prometi a mim mesmo que faria algumas fotografias sem tripé. Como estava usando uma lente Mitakon 25mm f/0.95 realmente não haveria vantagem em usar um tripé. Com ela seria necessário uma exposição com tempo de 4 a 7 segundos para evitar fotografar a trilha das estrelas portanto as mesmas configurações seriam usadas usando tripé ou não. Além disso com o uso do tripé não haveria o bônus adicional da flexibilidade e liberdade que a câmera dá. Já que eu sou um artista técnico e trabalho com tecnologia tinha calculado em minha mente que isso seria possível já há algumas semanas.”
Antes que você me pergunte já vou esclarecendo que a lente utilizada é uma das mais “abertas” do mercado, ou seja, ela deixa passar muita luz até o sensor. Também é uma lente de foco manual.
Ainda Segundo Aurel quando ele viu o primeiro resultado na tela da câmera soube que o que obtivera era algo que tinha que ser compartilhado com as pessoas. Em seu conhecimento nada como aquilo havia sido tentado antes.
Segundo o site Petapixel realmente fazer astrofotografia capturando a Via Láctea “na mão” é absolutamente inédito, então não tenho motivos para duvidar. No entanto já vi fotos mais bonitas da Via láctea, sei lá…
Veja a matéria completa no petapixel.com (em inglês) e conheça outros trabalhos de Aurel Manea em seu site.
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