Como a Fujifilm sobreviveu ao fim do filme analógico e ao smartphone
Você já se perguntou por quê algumas empresas da “era do filme” como a Fujifilm sobreviveram à crise criada pela fotografia digital enquanto outras como a Kodak e a Agfa praticamente desapareceram? O programa Inside the Storm do Channel News Asia produziu um de seus episódios totalmente voltado para a história de sobrevivência da Fujifilm contando passo a passo como ocorreu a mudança desse mercado. O programa explica o que os executivos das empresas imaginavam para o futuro e quais as estratégias de sucesso ou não que foram utilizadas para fazer com essas marcas chegassem ao século XXI para enfrentar o pior de todos os desafios: o smartphone!
O vídeo é muito bom mas infelizmente está em inglês com legendas (em inglês) apenas quando algum entrevistado fala japonês. De qualquer maneira é impressionante descobrir que a parte do faturamento da Fujifilm que atualmente vem do mercado fotográfico é de apenas 1% e que a empresa superou o provável fechamento criando uma divisão médica e outra de cosméticos chamada Astalift.
Essas divisões utilizam a biblioteca de cerca de 20.000 compostos químicos criados para a área fotográfica pela Fujifilm ao longo de um século de atividade. Esses compostos, todos voltados para a produção de filmes e proteção das cores contra a luz solar, agora são usados na proteção e manutenção da saúde da pele e busca de drogas e novos remédios.
Outro dado importante revelado pelo programa é o compromisso que o presidente da empresa, Shigetaka Komori, afirma com a cultura fotográfica e com a manutenção da divisão de fotografia da empresa mesmo essa sendo agora muito pequena em relação ao resto da empresa.
Se você entende inglês aproveite. O programa tem quase 50 minutos e pode ser um bom divertimento para aquela noite em que não tem nada melhor passando na TV à cabo.
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