Foto da Semana: Obelisco do Ibirapuera
Quantas vezes você já visitou o mesmo lugar e nunca viu algo de diferente na paisagem? Isso é muito comum pois estamos acostumados demais a desprezar a paisagem cotidiana em que vivemos.
Uma das formas de mudar essa percepção é passear pelos mesmos lugares com turistas ou parentes distantes em visita à cidade. Foi isso que aconteceu comigo num recente passeio ao Parque do Ibirapuera e ao MAC – Museu de Arte Contemporânea da USP.
Como vocês sabem estou acostumado a ser “levado junto” em passeios desse tipo pois sempre acabo fotografando alguma coisa importante. Além de ganhar muitas vezes uma garrafinha d’água, ou mesmo um lanche rápido o que agradeço de coração, aproveito para mudar meu olhar sobre o entorno.
Ao visitar o terraço do MAC com um grupo de parentes estrangeiros, me deparei com a paisagem da cidade vista por ângulo inesperado. Do terraço do antigo prédio do DETRAN, agora reformulado em museu e que comporta também um restaurante panorâmico, pude ver a massa de edifícios da cidade englobando a vegetação do Parque do Ibirapuera.
No centro da paisagem o conhecido Obelisco do Ibirapuera, que com seus 72 metros de altura homenageia a Revolução Constitucionalista de 1932.
Daquele ponto de vista privilegiado obtive várias fotos mas, apesar de estar usando um filtro UV a névoa da cidade refletindo o sol do meio dia fazia com eu captasse imagens meio que “sem vida”. Através da tela traseira da Nikon D5500, que virou agora meu equipamento padrão para visitas rápidas e imagens inesperadas, via essas imagens com desânimo.
À noite, por conta dos pedidos pelas imagens para postar nas tais redes sociais, resolvi fazer alguma coisa. Além das imagens das pessoas do grupo de turistas que acompanhei resolvi tratar as imagens mais significativas no Photoshop.
Para minha surpresa não foi preciso fazer muita coisa. Apenas abri os arquivos RAW das imagens, apliquei o perfil automático da lente, que era a 18-50 mm AFP do Kit da Nikon D5500, e apliquei os níveis automáticos de exposição. Aumentei bem pouco a claridade e os níveis de nitidez.
Escolhi uma imagem que apresentava o Obelisco no centro da composição, com a sombra leve do Pico do Jaraguá ao fundo. Fiz um pequeno recorte para recompor a imagem, também fazendo uma leve rotação que corrigiria a tendência que tenho de fotografar imagens desniveladas por causa do meu astigmatismo.
Para terminar apliquei no Exposure 3 um filtro de filme analógico Agfa APX ISO 25, que gera uma imagem em Preto e Branco mais luminosa e sem granulação. Chique, né?
Olhando aquela foto nem consigo me imaginar morando e vivendo naquela paisagem. A cidade suja e confusa, cheia de gente louca que é o que eu costumo ver tinha desaparecido. É, acho que esse foi mais um exemplo de como transformo a fotografia numa forma de terapia.
Enfim, fiquei contente e resolvi publicar o resultado para vocês. Um abraço!
PS.: É impressão minha ou o Obelisco ainda está meio torto?