Visitando a Leica Gallery na inauguração da exposição de Michael Grecco
Quando me convidaram para ir na abertura da última exposição desse ano da Leica Gallery em São Paulo fiquei meio apreensivo. Eu geralmente faço algum tipo de registro fotográfico dos eventos em que vou, nem que seja só como memória. Mas dessa vez, que câmera eu iria levar?
Como sou “besta” resolvi não levar minha “Leicazinha” D-Lux 6, muito boa mas que não tem realmente o DNA da marca alemã, já que é fabricada pela Panasonic no Japão.
Então, na dúvida, levei o celular!!!
Para piorar a situação a exposição era dedicada ao americano Michael Grecco, o conhecido fotógrafo das celebridades internacionais. Meu Deus, e agora, que roupa eu iria usar?
Fui fazer a minha lição de casa sobre Grecco antes da visita e descobri mais uma daquelas trajetórias simples, diretas e inteligíveis que tantos fotógrafos internacionais ostentam em suas biografias.
Digo isso por quê aqui no Brasil tudo é tão difícil… Para ter algum reconhecimento profissional você precisa de um verdadeiro milagre, hehehe.
Voltando ao assunto, Grecco cresceu em Nova York nos anos 1970 e começou a fotografar quando tinha apenas 12 anos. Na juventude, durante seus estudos em cinema e fotografia na Universidade de Boston, começou a trabalhar como fotojornalista freelancer para a famosa agência Associated Press.
Nessa época começou também uma carreira como fotógrafo de revistas famosas incluindo a Time, Newsweek, Esquire, Vanity Fair, Forbes e Rolling Stone.
Trabalhando para uma dessas revistas, a People, Grecco acabou fazendo uma transição do fotojornalismo geral para a cobertura fotográfica de eventos de celebridades, tais como o Globo de Ouro, os Prêmios Emmy e Oscar. Foi nesse meio que ele se tornou conhecido por um trabalho autoral, voltado para a fotografia de retratos sofisticados, de artistas e personagens importantes do cinema mundial.
Nessa exposição na Leica Gallery são exibidas algumas das fotos mais importantes de Grecco, como o retrato de Martin Landau, e o livro Naked Ambition. É bom lembrar que o trabalho de Grecco não é o tipo de coisa que no Brasil associamos facilmente com as Artes Visuais. É um trabalho bem comercial, no sentido de que agrada os sentidos rapidamente, então esqueça o conceito e aproveite.
Vale chamar a atenção para o belíssimo retrato de Martin Scorsese de costas para a câmera (outro Martin, estou com fixação nesse nome) e a instalação de uma pequena galeria com tela de vídeo em um container no térreo do edifício, que aliás é antigo e muito bonito.
Outra coisa interessante é que as impressões Fine Art em grande formato exibidas na exposição foram produzidas na própria oficina da Galeria. Vendo minha curiosidade a fotógrafa Anna Silveira, consultora e responsável pela produção das imagens da exposição, levou nosso grupo para dar uma olhada na oficina, muito boa por sinal. Eu diria que é quase tão boa quanto a minha, hehehe…
Voltando a Michael Grecco, ele é muito simpático e atendia a todos logo na entrada da galeria, não se furtando a tirar selfies com os visitantes. Algumas pessoas comentaram que isso tirava dele aquela imagem preconcebida que temos de alguém que só se relaciona com celebridades.
Bem, no final das contas eu não consegui grande fotos do evento, pois o smartphone ficou travando, mas se você quiser saber mais sobre a exposição ou sobre a galeria visite a página da Leica Gallery Sp no Facebook.
Para conhecer mais o trabalho do fotógrafo, visite o site pessoal de Michael Grecco.
Exposição ICONS, fotografias de Michael Grecco
- Período de exposição: Até 9 de Fevereiro de 2018
- Endereço: Rua Maranhão, 600 – Higienópolis, São Paulo, Capital
- Horário de visitação: 3ªf a 6ªf: 11hs – 19hs, Sábados das 11hs – 16hs
- Entrada Gratuita