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Fazendo um balanço do mercado fotográfico em 2017

Pois é, o ano está acabando e eu descobri que era hora de revisar as previsões que fiz em 2016 para o mercado fotográfico em 2017.

Será que acertei mais do que errei? As vezes eu acho que não sei mais nada, pois o mundo está muito mais louco do que poderíamos imaginar.



No mercado fotográfico, a maior parte das coisa que estavam estabelecidas simplesmente não fazem mais sentido. Ando até mesmo colecionando câmeras antigas de filme para me refugiar do caos que o mundo digital e os smartphones desencadearam na cabeça de quem gosta de fotografia.

No post que publiquei no final de 2016 coloquei alguns temas centrais do mercado Internacional e Nacional de fotografia em separado, pois eles tem a sua especificidade. Que tal vermos agora o que aconteceu em 2017 na realidade, ponto por ponto?

 

Mercado Internacional

 

Previsão: Continuação dos lançamentos de câmeras com Design Retrô

Olympus PEN F digital

Acertei, o Design Retrô continua fazendo sucesso e pelo visto ficou para ficar. Parece que o mercado chegou a conclusão que a ergonomia das câmeras antigas era boa, e isso parece ter influenciado alguns fabricantes. Nikon e Canon não entraram nessa onda, mas os fabricantes de câmeras compactas e Mirrorless estão todos nessa!



 

Previsão: Surgimento de marcas Chinesas novas

Mais ou menos, na realidade algumas empresas Chinesas estão comprando marcas antigas como a Yashica e a Kodak, usando apenas o nome em seus produtos. Elas estão se especializando em lançar seus produtos através de sites de financiamento colaborativo como o Kickstarter. Assim não precisam fazer nenhum investimento de risco. É um verdadeiro negócio da China.

 

Previsão: Novas lentes intercambiáveis mais baratas também são esperadas dos Chineses

Acertei, várias marcas tem aparecido e algumas, como a Yongnuo, já tem uma série completa de lentes fixas com razoável qualidade, sem contar outras marcas que se especializaram em lançar lentes manuais fixas de grande abertura e preço acessível, ainda pouco conhecidas aqui no Brasil

 

Previsão: Consolidação dos lançamentos da Photokina 2016, caso da Olympus e da Fuji com seu novo sistema de médio formato GX

Acertei. Aliás o sistema GFX da Fujifilm está fazendo o maior sucesso e tomando conta do mercado de médio formato. Fotógrafos de Moda, de Fine Art e até mesmo Street Photography estão aderindo a essa plataforma. E olha que ela é bem cara, mas mais barata que a concorrência.



 

Previsão: a Nikon deverá entregar enfim seus novos modelos da linha DL

Errei feio. A linha foi completamente cancelada. Até agora ninguém consegue entender o que deu na Nikon, pois o cancelamento de uma linha inteira de câmeras para concorrer no mercado de compactas avançadas pegou muito mal.

Previsão: a Fujifilm deverá enfim superar o desabastecimento da sua câmera X-T2

Acertei. Até no Brasil ela está disponível para venda, apesar de as vezes não ser pelos canais oficiais.

 

Previsão: as marcas tradicionais de fotografia entrarem para o campo dos smartphones

Errei. Elas continuam evitando esse mercado. Simplesmente não dá para entender…

 

Previsão: Lançamento de smartphones com sensores de menor resolução, com 12 Mpx, mas com melhor captação de imagens noturnas e menos ruídos

Acertei, praticamente todos os celulares topo de linha vem com essa resolução atualmente. Mesmo o iPhone X tem 12 Megapixels de resolução. É engraçado mas o único paralelo que encontro é com a velocidade de cruzeiro dos aviões a jato, que foi atingida na década dos anos 1960 e nunca mais subiu, dada a economia de combustível e a relação entre duração da viagem e distância entre os principais mercados alcançadas.



 

Previsão: Marcas novas vindas da China lançando celulares mais baratos e com câmeras de boa qualidade

Acertei. Tem muita gente que anda comprando esses aparelhos diretamente da China sem problemas. O difícil é achar assistência técnica por aqui, caso necessário. E tem algumas que já tem representantes por aqui, caso da Meizu, mas que não contam com muita divulgação.

 

Previsão: Criação de normas para utilização de Drones e controle da possibilidade de violação da privacidade pelo seu uso

Acertei. Até aqui em nossa terrinha, o uso de Drones está em debate. Algumas regras já foram estabelecidas, mas novas regulamentações ainda devem ser implementadas por aqui

 

 

Previsões para o mercado nacional

 

Previsão: Rumores de que a Nikon iria sair do país

Mais ou menos. Eu não achava que a marca ia sair totalmente do país, coisa que acontecerá ainda esse mês. Até agora estou meio passado…

 

Previsão: A Canon resistiu dada a base instalada de equipamentos e de sua tradicional presença

Aceertei. Ela continua firme e forte no Brasil

 

Previsão: A Fujifilm focaria apenas o mercado de suas câmeras instantâneas e equipamentos de impressão profissional

Acertei. Nada de grandes promoções ou lançamentos da linha X de câmeras digitais por aqui. Os revendedores é que fazem, na medida do possível, a divulgação dos produtos da marca.

 

Previsão: CasioPanasonic e Olympus não devem voltar a aparecer por aqui em 2017.

Acertei. E aposto que ninguém vai ve-las por aqui tão cedo.



Previsão: O próximo ano deve ser também difícil para os fotógrafos profissionais.

Acertei. Todo mundo está reclamando da diminuição da quantidade de trabalhos e/ou do valor dos honorários. O mercado de trabalho nunca esteve tão restrito. Até mesmo eventos profissionais deixaram de ser feitos ou tiveram seu tamanho reduzido. É uma mistura de crise econômica e crise do modelo de negócios da área. Quem será que vai sobreviver?

 

Previsão: O fluxo de interessados nas Faculdades de fotografia vai diminuir com a dificuldade de acesso ao FIES

Mais ou menos. O que se reclama mais é de que o nível do aluno caiu muito, fazendo com que ele traga problemas de formação de difícil superação. As instituições de ensino se adaptaram ao poder de investimento dos alunos, mas ao custo de uma menor remuneração ou mais trabalho do professor.



Previsão: As revistas de moda e as agências de publicidade diminuindo a demanda por serviços fotográficos

Acertei. Mesmo com a busca por outras formas de distribuição, as revistas estão correndo o risco de extinção. O mercado publicitário ainda não parece ter atingido o equilíbrio entre verba disponível para publicidade e valoração do retorno do investimento.

Previsão: O comércio informal de câmeras deve continuar a prosperar no Brasil de 2017

Acertei, ainda mais com a saída de fabricantes como a Nikon. Na verdade existe no Brasil muita mercadoria sendo vendida sem que saibamos de onde vem. Recentemente encontrei equipamento remanufaturado (de segunda mão, mas reformado pelo fabricante) sendo vendido pela Internet, coisa que é proibida pela nossa legislação caso sejam produtos importados.

 

Conclusões

Até que eu não errei tanto. Na realidade eu esqueci de algumas coisas, como o ressurgimento da fotografia analógica, e em outras eu não coloquei muita fé, como a saída da Nikon do Brasil, mas para alguém com os meus parcos poderes mediúnicos até que me saí bem.

Só espero não acertar nada para o ano que vem, pois as previsões podem ser catastróficas.

Aguardem, se eu estiver de bom humor por esses dias ainda faço uma matéria de previsões do mercado fotográfico para 2018!

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