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Fotografando uma Super Lua

Parece que hoje a noite vai ter uma Super Lua no hemisfério sul da Terra, então não será de se espantar que os entusiastas da fotografias fiquem loucos para apontar suas câmeras para o céu noturno.

É aí que o problema começa: como fazer para não ficar frustado com o resultado?

Vamos ver algumas dicas por equipamento para tentar obter uma imagem aceitável.

Smartphones:

Tudo bem, você pode tentar mas sinceramente não vale a pena, a não ser que você tenha um Galaxy S7, um iPhone 7 ou os venerandos e fora de linha Nokia 808 Pureview ou Nokia 1020. De qualquer maneira seria preciso usar algum acessório do tipo “lente adicional” e talvez um adaptador de tripé. Agora, se você que apenas conseguir um bom enquadramento da paisagem com a Lua cheia de fundo talvez seu smartphone possa conseguir um bom resultado. Não custa arriscar.

Camera Digital Reflex (DSRL) ou Mirrorless: Se você pretende uma imagem de melhor qualidade esses são os equipamentos ideais, desde que munidos de uma lente Tele ou Telezoom. O uso do tripé é imprescindível pois ao aproximar a imagem da Lua a câmera ficará sujeita a captar muito das vibrações do ambiente.

Os puristas usariam um controle remoto para acionar o disparador mas você pode usar o timer para disparar em 10 segundos, assim a própria vibração do seu dedo no acionamento pode já ter sido absorvida. Quanto aos controles manuais use apenas se você já tem familiaridade com a fotografia ou se sua câmera não consegue medir corretamente a exposição da imagem, deixando a Lua muito clara ou muito escura. Algumas câmeras Mirrorless, como as da Fuji ou da Olympus, conseguem um ótimo resultado em Auto ou Modo P enquanto outras simplesmente ficam loucas com a situação.

O foco é outro problema. Utilize em modo manual pois é muito provável que sua câmera não consiga identificar corretamente a distância do objeto desejado, além do mais, caso esteja programada em foco contínuo, ficará o tempo todo procurando a melhor imagem e pode até mesmo usar muito da bateria.

Outra dica importante é quanto ao ISO ou sensibilidade. Dependendo do modelo de sua câmera um ISO muito alto pode deixar a imagem com muito ruído. É possível utilizar o modo de ISO automático mas não custa você fazer uns testes no menor ISO possível (normalmente 100 ou 200). Para conseguir a melhor definição de imagem não esqueça de usar uma abertura de lente menor, geralmente acima de f/9. Se o modo automático não resultar numa fotografia aceitável é provável que a abertura muito ampla possa ser um dos fatores de problema.

Algumas lentes Telezoom como a Nikkor 70-300 VR tem um mecanismo de redução de vibração embutido. Faça testes com o sistema desligado pois as vezes com o uso do tripé o sistema fica meio “confuso” e acaba deixando a imagem turva ao invés de defini-la.

Camera Bridge com zoom integrado ou Compactas Avançadas:

Todos as dicas para câmeras de lente intercambiável (DSLR e Mirrorless) devem ser levadas em conta da mesma maneira, no entanto as câmeras Bridge ou compactas avançadas tem suas particularidades.

Apesar do tamanho relativamente pequeno do sensor de imagem talvez essas sejam as câmeras com melhor relação custo benefício para quem precisa obter fotos da Lua.

O melhor exemplo é o da Nikon P900, lançada em 2015. Com zoom ótico de 83 vezes a câmera apresenta uma lente equivalente a 2000mm, um recorde! Use a câmera com tripé pois a aproximação da imagem será tremenda. De resto vale tentar utilizar a câmera em modo automático ou modo específico para noite pois poucas dessas câmeras tem um modo manual fácil de controlar. No caso da Nikon P900 o foco manual não é obtido girando uma manopla na lente mas sim pela roda seletora no corpo da câmera, dificultando assim o seu uso com o visor EFV (visor eletrônico).

De qualquer maneira é bom lembrar que mesmo para fotógrafos experientes não é fácil captar uma imagem da Lua deslumbrante sem muitos testes e muitas imagens.

Apesar das dificuldades tente fotografar a Super Lua pois ela é sempre uma visão inesquecível.